Os tiques são movimentos repetitivos ou fragmentos de movimentos repetitivos, que estão fora do contexto. Causam sofrimento e prejuízo significativo no funcionamento social. Os tiques são fáceis de serem reconhecidos: são observados por outros como algo estranho nessa criança ou adolescente. Geralmente são movimentos como piscar, pigarrear ou um levantar de ombros.
O Transtorno de Tique pode ser transitório ou crônico. O transitório pode ser motor, fônico ou ambos, e ocorre por menos de doze meses. O crônico ocorre com manifestação motora, fônica ou ambas, que acontece há mais de um ano.
A Síndrome de Tourrete (ST) é um transtorno de tique caracterizado por apresentar pelo menos um tique vocal e dois motores. Ocorre entre 1% e 3,8% da população e tem início antes dos 18 anos.
Os tiques em algumas situações podem ser controlados pelo indivíduo e depois são compensados, aparecendo em situações mais reservadas (de menor tensão e sem observadores). Por exemplo, durante uma apresentação na escola, o indivíduo consegue controlar o tique que possui, de mexer no nariz, mas em seguida, no saguão, faz umas trinta vezes seguidas.
Deve ser feito diagnóstico diferencial com diversas patologias como coréia, distonia, mioclonia e atetose. Os tiques podem persistir durante o sono. O seu curso pode ser flutuante , ora parece melhor e depois retorna pior. Podem também substituir um tique por outro.
Os tiques motores tendem a aparecer entre os 3 e 8 anos de idade, e os vocais tendem a aparecer aos 3 anos de idade. É necessário procurar o médico para fazer o diagnóstico diferencial e tratamento medicamentoso adequado. A psicoterapia é importante para lidar melhor com as situações estressoras, pois, freqüentemente essas crianças e adolescentes são “zoados” e tendem a se afastar da vida social.
Oi, Mauricio. Que bacana você compartilhar no blog a sua experiência. Isso ajuda muito a outros que acham que a sua vida se resume a patologia. Você confirma que a patologia é tratável e que pode levar a vida normalmente.
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O objetivo é esse passar informação e, assim, muitas pessoas que sofrem com isso perceba que se trata de uma patologia e busque auxílio médico.
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Show, gostei muito da definição e explicação, vivo com essa síndrome 28 anos da minha vida, porém , consegui quebrar barreiras e hoje levo uma vida normal, apesar dos toques motores e vocálicos. Sou amigo de uma paciente sua, Caroline Sant'Anna
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Muito show Doutora. Mais uma vez a Doutora nos passando um pouco do seu aprendizado. Valeu mesmo.
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