Dirty John: uma análise das temporadas 1 e 2 e a personalidade narcisista.

Autora: Elizabete Possidente

A série Dirty John é baseada em histórias reais de relacionamentos tóxicos e abusivos, que envolvem indivíduos com personalidades narcisistas. A primeira temporada da série conta a história de Debra Newell, uma mulher de negócios bem-sucedida, que se envolve com John Meehan, um homem charmoso que esconde sua verdadeira personalidade narcisista.

Ao longo da primeira temporada, vemos como John manipula e controla Debra, levando-a a se casar com ele e acreditando em suas mentiras sobre ser um médico de sucesso e um ex-militar corajoso. No entanto, a verdadeira natureza de John é revelada, quando Debra descobre suas mentiras e trama um plano para se livrar dele.

Na segunda temporada da série, intitulada “Dirty John: The Betty Broderick Story”, a história é sobre a relação entre Betty Broderick e seu marido, Dan Broderick, um advogado bem-sucedido. Betty é retratada como uma esposa dedicada e mãe de quatro filhos, que se esforça para apoiar o sucesso de seu marido, enquanto ele a despreza e a trai com uma mulher mais jovem. O comportamento narcisista de Dan leva a um divórcio conturbado e um final trágico.

A personalidade narcisista é um traço de personalidade caracterizado por um senso de grandiosidade, falta de empatia e necessidade constante de admiração e atenção. As duas temporadas da série exploram como essa personalidade pode ser usada para manipular e controlar outras pessoas em relacionamentos íntimos. A série também destaca a importância de reconhecer os sinais de alerta em um parceiro narcisista e se proteger de ser vítima de abuso psicológico.

Como Convencer Um Amigo ou Familiar a Agendar Uma Consulta Com O Médico Psiquiatra?

Autora: Elizabete Possidente

Resolvi escrever esse texto porque muita gente me pergunta sobre como deve proceder para convencer um amigo ou familiar que agende uma consulta com o médico psiquiatra.  Convencer alguém a ir ao psiquiatra pode ser um desafio, especialmente quando a pessoa em questão está resistente ou tem preconceito ou medo do tratamento psiquiátrico. No entanto, existem algumas sugestões que você pode usar para ajudar a pessoa a compreender a importância de buscar ajuda profissional:

1. Seja compreensivo: Tente entender a perspectiva da pessoa e demonstre empatia pelo que ela está passando. Mostre que você se importa e está disposto a ajudar.

2. Fale com calma: Aborde o assunto com tranquilidade e de forma respeitosa. Evite fazer julgamentos ou críticas, pois isso pode fazer com que a pessoa se sinta atacada ou culpada.

3. Explique os benefícios: Fale sobre os benefícios de buscar ajuda psiquiátrica, como aliviar o sofrimento, melhorar a qualidade de vida e prevenir problemas mais graves no futuro.

4. Mostre exemplos de pessoas que foram ajudadas: Fale sobre casos de pessoas conhecidas ou públicas que buscaram ajuda psiquiátrica e tiveram sucesso no tratamento. Ou se você mesmo faz tratamento ou já realizou em algum momento da vida compartilhe a sua experiência. Isso pode ajudar a pessoa a entender que o tratamento com o especialista pode fazer a diferença.

5. Ofereça ajuda: Ofereça-se para acompanhar a pessoa até o psiquiatra ou a marcar uma consulta. Isso pode fazer com que a pessoa se sinta mais segura e motivada a aceitar a  ajuda.

6. Insista na importância do tratamento: Se a pessoa ainda estiver resistente, não desista. Insista na importância de buscar ajuda profissional e ofereça suporte e encorajamento.

Lembre-se que convencer alguém a buscar ajuda psiquiátrica pode levar tempo e paciência. No entanto, o importante é não desistir de ajudar a pessoa a encontrar o tratamento

Dia da Conscientização da Síndrome de Down

Autora: Elizabete Possidente

O Dia da Conscientização sobre a Síndrome de Down é comemorado em 21 de março. Essa data foi escolhida pela Down Syndrome International para conscientizar as pessoas sobre a importância da inclusão das pessoas com síndrome de Down na sociedade e para promover a conscientização sobre essa patologia.

A síndrome de Down é uma condição genética que ocorre quando uma pessoa tem uma cópia extra do cromossomo 21. Isso afeta o desenvolvimento físico e mental da pessoa e pode causar algumas características físicas distintas, como olhos amendoados e uma boca pequena.

As pessoas com síndrome de Down muitas vezes enfrentam estereótipos e discriminação na sociedade. Por isso, o Dia da Conscientização sobre a Síndrome de Down é uma oportunidade para celebrar as realizações das pessoas com síndrome de Down e para promover a inclusão e a aceitação em todo o mundo.

Desmistificando o Movimento Antivacinação: História, Desinformação e Importância da Imunização em Massa

Autora: Elizabete Possidente e Giuliana Possidente

O movimento antivacinação tem raízes históricas que remontam ao final do século XVIII, quando a primeira vacina, contra a varíola, foi introduzida. No entanto, o movimento moderno antivacinação é um movimento que ganhou força com o ex-médico britânico Andrew Wakefield. Em 1998, Wakefield publicou um estudo na revista científica The Lancet, no qual ele afirmava ter encontrado uma ligação entre a vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) e o autismo.
No entanto, o estudo de Wakefield foi rapidamente desacreditado, e a revista The Lancet retratou-se publicamente em 2010, retirando o artigo da publicação. Foi descoberto que o estudo de Wakefield tinha sido financiado por advogados que buscavam processar empresas farmacêuticas fabricantes de vacinas e que Wakefield havia falsificado dados e utilizado métodos antiéticos em suas pesquisas.
Apesar disso, o mito persistiu e se espalhou através das redes sociais e da mídia, alimentado por teorias da conspiração, desinformação e desconfiança na ciência e na medicina convencional. O movimento antivacinação tem levado a um aumento nos casos de doenças evitáveis por vacinação, como o sarampo e a poliomielite, em várias partes do mundo. Além disso, a baixa cobertura vacinal pode colocar em risco a eficácia da imunização em massa, que é fundamental para erradicar doenças em nível global.
A desconfiança da população em relação à indústria farmacêutica é frequentemente apontada pelos movimentos antivacinação como uma das principais causadoras dos supostos malefícios das vacinas. Isso se deve em grande parte ao fato de que as empresas farmacêuticas fabricam e comercializam as vacinas.
No entanto, é importante destacar que as vacinas passam por um rigoroso processo de testes e aprovação antes de serem disponibilizadas para a população. Além disso, as empresas farmacêuticas estão sujeitas a regulamentações e fiscalizações governamentais para garantir a segurança e a eficácia das vacinas.
É verdade que as empresas farmacêuticas têm interesse financeiro na produção e venda de vacinas, mas isso não significa que elas estejam dispostas a colocar em risco a saúde da população. Além disso, o lucro obtido com as vacinas é relativamente baixo em comparação com outros medicamentos, o que reduz a motivação para produzir vacinas.
As empresas farmacêuticas têm um papel importante na produção e comercialização de vacinas, e não há evidências de que elas estejam envolvidas em uma conspiração para prejudicar a população através das vacinas. Pelo contrário, as vacinas são uma das principais conquistas da medicina moderna, responsáveis por salvar milhões de vidas em todo o mundo.
A vacinação continua sendo considerada uma medida segura e eficaz para prevenir doenças graves e proteger a saúde pública.
É importante que as pessoas tenham acesso a informações precisas e confiáveis sobre as vacinas e seus benefícios, a fim de tomar decisões informadas sobre sua própria saúde e a saúde coletiva.

Por que alguns maridos ou esposas narcisistas não gostam de trabalhar? Uma análise psicológica desse comportamento.

Autora: Elizabete Possidente

A pedido de alguns pacientes que têm me procurado com quadros depressivos, ansiosos e de baixa autoestima, muitas vezes reforçados por estarem casadas com um narcisista, não é correto afirmar que todos os maridos ou esposas narcisistas não gostam de trabalhar. O narcisismo é um distúrbio de personalidade que se caracteriza por um senso exagerado de auto importância, falta de empatia pelos outros e uma tendência a explorar e manipular aqueles ao seu redor para obter seus próprios objetivos.

Algumas pessoas com narcisismo podem ter um forte desejo por status, prestígio e poder, e podem trabalhar arduamente para alcançar esses objetivos. No entanto, outras pessoas com esse distúrbio  podem ser menos motivadas a trabalhar e podem buscar outras formas de obter o que desejam, como manipulação e exploração.

Além disso, um marido ou esposa narcisista pode esperar que seu parceiro atenda a todas as suas necessidades e desejos, incluindo financeiros. Eles podem esperar que o parceiro trabalhe duro para ganhar dinheiro e sustentar o estilo de vida que desejam, enquanto eles mesmos não trabalham ou contribuem de forma significativa para a renda do casal.

Em alguns casos, o narcisismo pode levar à preguiça, pois o indivíduo pode acreditar que é merecedor de tudo sem ter que trabalhar duro para obtê-lo. Eles podem ter uma visão grandiosa de si mesmos e se recusar a fazer trabalhos considerados abaixo de sua posição social.

No entanto, é importante lembrar que cada indivíduo com narcisismo é único e pode apresentar diferentes comportamentos em relação ao trabalho e outros aspectos da vida. É possível encontrar maridos ou esposas narcisistas que trabalham arduamente, assim como outros que não têm motivação para trabalhar. Realizar uma análise psicológica pode ajudar a entender o comportamento de um narcisista

Por que o Psiquiatra Precisa Diferenciar Compulsão Alimentar de Síndrome de Resistência Insulínica ?  

Autora: Elizabete Possidente

A compulsão alimentar e a síndrome de resistência à insulina são duas situações distintas, mas que podem estar associadas  em alguns casos. A seguir, apresento as principais características de cada uma dessas situações:

Compulsão alimentar:

  • É caracterizada por episódios recorrentes em que uma pessoa come uma grande quantidade de comida em um curto período e sente uma falta de controle sobre o que está comendo.
  • A compulsão alimentar está frequentemente associada a sentimento de culpa e vergonha e pode levar a obesidade, diabetes , doenças cardiovasculares e diversas outras patologias clínicas.
  • A compulsão alimentar é um transtorno alimentar reconhecido e deve ser diagnosticada e tratada por uma equipe multidisciplinar com psiquiatra, psicólogo, nutricionista e endocrinologista.

Síndrome de resistência à insulina:

  • É uma condição metabólica em que o corpo não responde adequadamente à insulina, o que pode levar a elevação de glicose no sangue e a um risco maior de desenvolver diabetes tipo 2 e outras doenças.
  • A síndrome de resistência à insulina pode ser diagnosticada por um profissional de saúde com base em testes de laboratório, tais como glicose em jejum, a hemoglobina glicada (HbA1c) e outros marcadores.

Embora a compulsão alimentar e a síndrome de resistência à insulina sejam condições diferentes, elas podem estar relacionadas em alguns casos. A compulsão alimentar pode levar a um consumo excessivo de alimentos ricos em carboidratos e açúcares, o que pode piorar a resistência à insulina e aumentar o risco de diabetes. Por outro lado, a resistência à insulina pode causar desequilíbrios hormonais que podem contribuir para a compulsão alimentar.

Assim, é importante consultar um profissional de saúde para avaliar a presença de qualquer uma dessas condições e determinar o melhor tratamento para cada caso. Um tratamento bem-sucedido pode envolver mudanças na alimentação, exercícios físicos e medicação, dependendo do diagnóstico.

Março: Mês de Conscientização da Síndrome de Down

Autora: Elizabete Possidente

O mês de conscientização da Síndrome de Down é comemorado em março, com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a condição e promover a inclusão das pessoas com Síndrome de Down na sociedade.

A Síndrome de Down é uma condição genética em que uma pessoa tem uma cópia extra do cromossomo 21. Isso afeta o desenvolvimento físico e cognitivo , pode resultar em deficiência intelectual leve a moderada, bem como características físicas distintas, como olhos amendoados e um rosto achatado.

Durante o mês de conscientização da Síndrome de Down, são realizados eventos e campanhas para educar a população sobre a condição e promover a inclusão e a aceitação das pessoas com Síndrome de Down em todos os aspectos da vida. É também um momento para celebrar as realizações e contribuições das pessoas com Síndrome de Down à sociedade.

Táticas de um conjugue narcisista: alienação parental e manipulação no relacionamento conjugal

Autora: Elizabete Possidente

Um cônjuge narcisista é alguém que exibe um padrão de comportamento caracterizado por uma necessidade excessiva de admiração e atenção, um senso grandioso de auto importância, falta de empatia pelos outros e uma tendência a manipular aqueles ao seu redor para obter seus próprios objetivos.

Quando se trata do comportamento em relação ao filho, ele (ou ela) pode tentar alienar a criança da mãe (ou do pai) por meio de estratégias como falar mal dela (ou dele) para a criança, limitar o tempo que ela passa com o filho, criar situações em que a mãe (ou o pai) é excluída ou rejeitada pelo filho ou até mesmo colocar o filho contra ela (ou ele). Essa prática é conhecida como alienação parental e pode ter um impacto emocional devastador na criança e no relacionamento da mãe (ou do pai) com o filho.

Além disso, um conjugue narcisista pode usar outros meios de controle e manipulação em seu relacionamento conjugal. Ele (ou ela) pode constantemente criticá-la (o) e diminuí-la (o), fazendo com que ela (ou ele) se sinta insegura (o) e sem valor, culpar o outro  por seus próprios problemas e erros, e manipular situações para que ele (ou ela) esteja sempre no controle.

Essas táticas podem levar a uma dinâmica muito disfuncional e tóxica no relacionamento e podem ser extremamente prejudiciais para todos os envolvidos. É importante que a esposa (ou marido) reconheça esses comportamentos e procure ajuda profissional para lidar com a situação de forma saudável e construtiva.

Por que o Psiquiatra Precisa Avaliar Possível Síndrome de Resistência Insulínica em Seus Pacientes?  

Autora: Elizabete Possidente

A síndrome de resistência à insulina é uma situação em que o corpo não responde adequadamente à insulina produzida pelo pâncreas, o que pode levar a um aumento dos níveis de glicose no sangue e, eventualmente, ao desenvolvimento do diabetes tipo 2.

Além disso, a resistência à insulina tem sido associada a vários doenças psiquiátricas, incluindo depressão, transtornos de ansiedade, transtornos alimentares, transtorno bipolar e esquizofrenia.

Pesquisas sugerem que a resistência à insulina pode afetar o funcionamento do cérebro e a regulação do humor. Por exemplo, um estudo publicado na revista “Psychoneuroendocrinology” em 2016 descobriu que a resistência à insulina estava associada a um maior risco de depressão em jovens.

Além disso, a resistência à insulina também pode afetar a produção de certos hormônios cerebrais, como a serotonina e a dopamina, que estão envolvidos na regulação do humor e do comportamento.

Portanto, é importante que os profissionais de saúde mental estejam cientes dos potenciais efeitos da resistência à insulina sobre a saúde mental e considerem a possibilidade de investigar a resistência à insulina em pacientes com transtornos psiquiátricos. O tratamento da resistência à insulina pode ajudar a melhorar a saúde mental desses pacientes.

Indicações de canabidiol no Brasil e diferenças entre medicação e suplemento alimentar

Autora: Elizabete Possidente

O canabidiol (CBD) é um composto químico encontrado na planta da cannabis sativa e é amplamente utilizado como medicamento para tratar uma variedade de condições médicas. No Brasil, o CBD é regulamentado pela Anvisa e só pode ser adquirido com receita médica.

As indicações aprovadas pela Anvisa para o uso de CBD no Brasil são:

Epilepsia: o CBD é indicado como adjuvante no tratamento de crises convulsivas associadas à Síndrome de Lennox-Gastaut e à Síndrome de Dravet, em pacientes com idade superior a 2 anos.

Esclerose múltipla: o CBD é indicado como adjuvante no tratamento da espasticidade associada à esclerose múltipla em pacientes adultos.

Dor crônica: o CBD pode ser utilizado como tratamento coadjuvante em pacientes com dor crônica relacionada a espasticidade muscular em pacientes adultos.

Transtornos de ansiedade: o CBD pode ser utilizado como tratamento coadjuvante em pacientes com transtornos de ansiedade em adultos.

Em relação às diferenças entre a medicação e o suplemento alimentar de canabidiol, a principal diferença está na concentração e na forma de administração. Os medicamentos de CBD são produzidos em laboratórios e têm concentração padronizada de CBD, além de passarem por rigorosos testes de qualidade e eficácia antes de serem comercializados. Já os suplementos de CBD são produzidos com concentrações variadas de CBD e podem ter outras substâncias adicionadas, além de não passarem pelos mesmos testes rigorosos que os medicamentos. Além disso, os suplementos são geralmente administrados por via oral, enquanto os medicamentos podem ser administrados por via oral, sublingual ou inalatória, dependendo da forma farmacêutica.

Por que existem as especialidades médicas? Por que devemos respeitá-las?

Autora: Elizabete Possidente

Tenho quase 30 anos de formado em Medicina. A formação na faculdade de Medicina na minha época até hoje é de 6 anos. Depois de 6 anos, o médico se forma e é generalista. Depois disso, ele precisa, para ter uma especialidade, de mais alguns anos em uma residência médica e sai com o seu título de especialista. Quando se quer a especialidade, mas não foi aprovado para a residência médica, ele faz uma pós-graduação e, no final do curso, faz uma prova para conseguir o título de especialista. Isso sempre ocorreu dessa forma.

Entretanto, vejo uma grande diferença da época em que me formei para agora. Nos meus tempos de recém-formado, apesar de não existir a dificuldade em se comunicar com os outros médicos como existe atualmente, como WhatsApp e e-mails, os médicos se comunicavam. Vou dar um exemplo na minha clínica: um paciente meu em tratamento com medicamentos da psiquiatria e era atendido por outro especialista de outra área (por exemplo, cardiologista ou geriatra), se tinha dúvidas ou sugestões, ele fazia contato com o médico. Apesar desses quase 30 anos de formado, e que nesse tempo surgiram muitas descobertas em todas as especialidades em exames complementares, testes genéticos, medicamentos e de doenças, parecem que os médicos parecem se achar que sabem mais medicina do que antes. Eles acham que sabem mais de psiquiatria do que o próprio psiquiatra. Muitos querem mudar a posologia ou substituir medicamentos ou questionar a conduta do médico. Pior que para o paciente e/ou familiar, causando ainda mais fragilidade e confusão na cabeça desse paciente. Isso tudo disfarçado no interesse do estado de saúde desse paciente. Se estão tão interessados e preocupados, por que não fazem contato com o médico assistente e depois, sim, conversam suas dúvidas se ainda tiverem com o paciente e o familiar? Cada vez mais isso vem ocorrendo.

Se as especialidades médicas surgiram para atender à complexidade crescente das doenças e dos tratamentos, que exigem conhecimentos, estudos contínuos em congressos e artigos atualizados e habilidades específicas para o tratamento adequado, cada especialidade médica tem o seu próprio conjunto de técnicas e expertise. Com isso, ele se torna um especialista de referência em sua área de interesse.

Voltando ao meu exemplo, sou psiquiatra. Logo, quando me ausento do consultório para participar de congressos e cursos, são da minha área da especialidade Psiquiatria. Quando renuncio ao meu lazer e de ficar com a minha família, vou estudar os artigos científicos e novidades da minha área. É claro que sou médico, mas não sou eu a pessoa mais bem indicada para prescrever um anticoncepcional para um adolescente. Conheço as medicações, mas não tão aprofundado como um ginecologista.

O médico que opta por seguir uma especialidade médica passa por um treinamento específico em sua área de interesse, adquirindo conhecimentos aprofundados e habilidades técnicas avançadas. Com isso, ele se torna capaz de oferecer tratamentos mais eficazes e precisos para as condições específicas relacionadas à sua especialidade médica.

Devemos respeitar as especialidades médicas porque os médicos especialistas passam anos em treinamento e estudos para desenvolver habilidades específicas e conhecimentos avançados em sua área de atuação. Ao respeitar as especialidades médicas, reconhecemos a importância de cada área de atuação e, principalmente, garantimos o melhor tratamento possível para as condições médicas do nosso paciente.

Quando falamos de doenças da Psiquiatria, temos que ter muito cuidado ao abordar as dúvidas dos pacientes, pois sabemos que, infelizmente, a disciplina de Psiquiatria é abordada muito rapidamente no curso de Medicina. Muitos médicos dizem conhecer os remédios da Psiquiatria, mas pode ser que seja apenas por meio de artigos e propagandas feitas diretamente pelos propagandistas da indústria farmacêutica. Além disso, falamos com pacientes que já sofrem com o medo da doença e dos remédios da psiquiatria, devido ao preconceito que ainda é muito forte em nossa cultura, devido à falta de conhecimento.

Não podemos afirmar ao paciente que pode reduzir a medicação sem conhecer o histórico médico que o acompanha. Não podemos afirmar que o remédio é “muito forte” para ele ou que ele toma muitos remédios. Nem insinuar que o ganho de peso, o tremor, a disfunção sexual ou qualquer outra intercorrência é provocada pelo medicamento psiquiátrico que utiliza, muitas vezes, há anos, pois a maioria das doenças psiquiátricas são crônicas. É aconselhável enviar uma mensagem por WhatsApp ou e-mail para trocar informações ou combinar um horário para os médicos trocarem o histório do quadro clínico do paciente.

Para garantir o melhor tratamento ao nosso paciente, é fundamental garantir uma assistência médica de qualidade que permita que os médicos e outros profissionais de saúde trabalhem em equipe, troquem informações e conhecimentos, e possam oferecer um tratamento multidisciplinar, que é fundamental para o sucesso do tratamento médico.

Dicas para Reduzir a Compulsão Alimentar

Autora: Elizabete Possidente e Giuliana Possidente

A compulsão alimentar é um transtorno que pode ser desafiador de lidar, mas existem algumas dicas que podem reduzir a compulsão alimentar.

Aqui estão algumas dicas que podem ser benéficas:

  • Identifique os gatilhos: tente identificar os gatilhos que levam à compulsão alimentar. Isso pode ser emoções negativas, como, ansiedade, estresse, tédio ou situações específicas, como estar sozinho em casa, assistir TV. Ao identificar os gatilhos, você pode tentar evitá-los ou desenvolver estratégias para lidar com eles.
  • Evite ficar faminto: aumente o número de refeições em menor quantidade ao longo do dia, comer de 3 em 3 horas.  
  • Planeje suas refeições: tente planejar suas refeições com antecedência quando está sem fome. Faça refeições com alimentos saudáveis e nutritivos para manter o nível de glicose no sangue estável.
  • Coma com atenção plena: preste atenção no que está comendo e saboreie cada mordida. Coma devagar e sem distração, permitindo que o seu cérebro registre que está comendo e o avise quando o corpo estiver satisfeito.
  • Coma no prato de sobremesa, quando você faz questão de repetir. É uma forma de repetir, mas se obrigar a comer menor quantidade.
  • Coma proteína e fibras em todas as refeições porque te deixará mais saciado por maior.
  • Hidratação adequada, lembrando que a meta deve ser de pelo menos 2 a 3 litros diários.
  • Escove os dentes logo após as refeições. Isso ajuda o seu cérebro registrar que já terminou uma refeição.
  • Exercite-se regularmente: o exercício pode ajudar a reduzir a ansiedade, o estresse e melhora humor, qualidade do sono e autoestima.
  • Durma bem: a falta de sono pode aumentar a compulsão alimentar por aumento do cortisol e consequentemente da insulina. Durma pelo menos 7 a 8 horas por noite e estabeleça uma rotina regular de sono.
  • Procure apoio com amigos e familiares. Explique sobre o transtorno compulsivo alimentar e peça ajuda. Eles precisam ser um aliado e, não serem sabotadores no seu quadro.   
  • Procure ajuda profissional para identificar as causas da sua compulsão alimentar e desenvolver estratégias para controlá-las.

Dicas Para Reduzir a Ansiedade

Autora: Elizabete Possidente

A ansiedade pode ser uma emoção muito difícil de lidar, mas existem algumas estratégias que podem ajudar a reduzi-la. Aqui estão algumas dicas para reduzir a ansiedade:

  • Pratique técnicas de relaxamento: técnicas como respiração profunda, meditação, ioga e exercícios de alongamento podem ajudar a relaxar o corpo e a mente.
  • Faça atividades que você goste: fazer coisas que você gosta e que te deixam feliz pode ajudar a reduzir a ansiedade. Passe tempo com amigos, faça um hobby que você gosta ou assista a um filme ou programa de TV que te faça rir.
  • Exercite-se regularmente: crie o hábito de pelo menos 30 minutos de atividade física diariamente. O exercício físico regular pode ajudar a reduzir a ansiedade e o estresse.
  • Durma bem: um boa noite de sono pode ajudar a reduzir a ansiedade. Tente estabelecer uma rotina de sono consistente e evite usar dispositivos eletrônicos antes de dormir.
  • Pratique a gratidão: a gratidão pode ajudar a mudar o foco da mente para coisas positivas em sua vida. Tente listar algumas coisas pelas quais você é grato todos os dias.
  • Limite a exposição a notícias e mídias sociais: notícias e mídias sociais podem ser uma fonte de estresse e ansiedade. Tente limitar o tempo que você gasta em notícias e redes sociais.
  • Faça terapia
  • Seja mais flexível com você mesmo.
  • Aprenda a dizer não.
  • Evite cafeína e energèticos.

É claro que cada pessoa é única e pode responder de formas diferentes a  diferentes abordagens. Experimente essas dicas e outras estratégias para encontrar o que funciona melhor para você. Se a ansiedade estiver afetando significativamente sua vida diária ou interferindo em seu bem-estar emocional, considere procurar ajuda de um psiquiatra.

CRM Alerta Pacientes: Seu Médico Especialista tem RQE?

Autora: Elizabete Possidente

RQE (Registro de Qualificação de Especialista) tem grande importância para o médico, que deseja se especializar em alguma área como Psiquiatria, Dermatologia etc. Além do CRM, que comprova a formação do médico como generalista registrado, é necessário possuir o registro profissional que certifica aptidão para exercer uma especialidade.

Para o médico se tornar um especialista ele precisa de experiências e qualificações adicionais, além da aprovação em prova de título ou conclusão de residência médica, que comprova que ele concluiu com sucesso essa formação específica. Quando o médico passa pelo curso de residência médica ou obtém aprovação na prova da especialidade desejada ele automaticamente o RQE pelo CRM. Por exemplo, caso o médico não tenha cursado uma residência médica e tenha realizado um curso de pós-graduação, ele não tem o direito de ser chamado de especialista. Para isso, além do curso, ele precisa passar na prova de especialista, só então tem direito ao título e ao registro do seu RQE.

Para saber se o médico possui regularmente o título que ele afirma ter (se ele está devidamente cadastrado como especialista na área em que atua) basta acessar o site do Conselho Regional de Medicina no endereço https://www.cremerj.org.br/ e usar a opção ´Encontre Médico / Empresa`, preenchendo com o CRM do médico. Lá você conseguirá essas informações.

Janeiro Branco

Autora: Elizabete Possidente

Muito bom começarmos o ano falando sobre Saúde mental. Isto porque a virada do ano pode causar muita ansiedade pela cobrança de metas e medo de repetir fracassos.

Assista o vídeo em que explico melhor sobre a importância da campanha Janeiro Branco e do tema desse ano.

Além de comentar algumas dicas que acredito contribuírem para alcançar a saúde mental.

Como os Pais Podem Aconselhar Os Filhos Em Relação ao Sexting?

Autora: Elizabete Possidente


É importante que os pais mantenham uma relação de confiança e de conversa com os filhos. Precisam esclarecer o que é e todos os perigos que o sexting oferece.
O ideal é que essas Informacoes sejam passadas antes das primeiras trocas de mensagens indevidas, como uma prevenção.
Caso isso não seja mais possível, os pais precisam falar sobre os perigos dessas ações, devem não perderem a cabeça para que o jovem perceba que vocês estão disponíveis para ajudar caso esteja passando por alguma ameaça. Muitas vezes, por medo se serem castigados, os adolescentes escondem os fatos dos pais.
Segue algumas dicas para essa conversa:

  • Não espere que aconteça um incidente desse para a dialogar sobre o assunto sexting, sexo e sexualidade.
  • Estabeleça regras para o uso de eletrônicos;
  • Mostre os perigos e as consequências do envio de conteúdos sexuais;
  • Coloque-se se à disposição para tirar dúvidas e a novas conversas;
  • Oriente a excluir imagens sexuais caso receba esse conteúdo de terceiros. 
  • Se o seu filho foi forçado a enviar conteúdo sexual para um adulto, busque a polícia.
  • Se o seu filho fez sexting por vontade própria alerte sobre os perigos e consequências.
  • Busque ajuda de uma equipe de saúde mental para orientar o jovem e aos pais de como lidarem com essa situação é de grande importância.

Sexting: O Que É e Quais São Os Riscos Para os Jovens

Autora: Elizabete Possidente

Sexting é o ato de usar redes sociais, aplicativos e whatsapps para produzir e compartilhar imagens de nudez e sexo. Envolve mensagens de texto com convites e insinuações sexuais para amigos , pretendentes e namorados.

Quando se pergunta aos adolescentes sobre sexting, nem sempre eles conhecem ou usam essa palavra. É a junção da palavra sex (sexo) + texting (torpedo), surgiu quando a Internet nem era 3G e as pessoas enviavam mensagens de texto por sms de caráter erótico, hoje as mensagem contém fotos e vídeos.

Mandar mensagens como forma de comunicação passou a ser uma forma rápida, barata e é muito comum entre os brasileiros. Isso passa a contribuir pela banalização do sexting.

Os jovens não percebem que se não tomarem certos cuidados podem esses vídeos serem divulgados nas redes sociais, em outros grupos e até em sites de pornografia.

Em abril de 2018 houve um estudo publicado no Jama Pediatrics sobre sexting. Mostrou que 1 em cada 7 adolescentes menores de 18 anos já praticaram sexting e que 1 a cada 4 já receberam conteúdo erótico de algum conhecido. Nesse mesmo artigo foi comentado ser muito mais frequente em adolescentes mas já tinham crianças entre 10 a 12 anos praticando sexting.

Os jovens na maioria das vezes mandam essas mensagens para pessoas conhecidas. Entretanto, muitos acreditam que pessoas que conheceram na internet já podem ser consideradas conhecidas.

Ele não percebe que pode estar conversando com um pedófilo, traficante de pessoas ou um pervertido sexual, sem ter noção alguma do perigo.

Precisamos sempre alertar que não há controle nenhum sobre o que acontece com o conteúdo das mensagens após serem enviadas.

Outro risco é que a amizade virtual pode dar uma falsa sensação de confiança e acabar aceitando um encontro presencial, e surgir o risco de abuso sexual e estupro.

Muitos jovens são chantageados a participar da prática de sexting. Pessoas conhecidas ameaça a divulgar a foto no grupo da escola ou para os pais, em troca de manter a prática de mensagens de cunho erótico.

Precisamos educar os jovens sobre sexualidade e sexo. Sexo é uma das expressões da sexualidade já amadurecida que envolve um(a) parceiro(a) e que pode acontecer a partir do desenvolvimento da puberdade e com maturidade psicológica.

Já a sexualidade está presente em todo o desenvolvimento mas com características diferentes em cada fase da vida. A sexualidade na criança, por exemplo, é muito diferente da sexualidade no adulto.

É preciso ter consciência da importância de haver diálogo sobre sexualidade desde a infância, sem repressão, com esclarecimento e orientação.

“Janeiro Seco”: Benefícios de 1 Mês Sem Álcool

Autora: Elizabete Possidente

Janeiro é o período do ano que é marcado por planos e metas para a maioria das pessoas. Muitos tem preocupação com a saúde e planeja uma vida mais saudável, iniciar uma atividade física e ter uma dieta mais equilibrada. Com isso surgiu um movimento no Reino Unido chamado “Dry January” em 2013 e que já foi adotado por muitos outros países.  O “Janeiro Seco” é o incentivo de não consumir bebidas alcóolicas durante todo esse mês.

O consumo de bebida alcóolica aumentou muito em todo o mundo desde o início da pandemia. Segundo a OMS no Brasil houve um crescimento mais rápido que a média mundial, especialmente entre os mais jovens.

Ainda que o consumo de bebidas alcoólicas tenha aumentado ao longo dos últimos dois anos, o projeto “Dry January” tem efeitos no longo prazo.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Britânico demonstrou que após a Campanha, 7 entre 10 pessoas diminuíram a ingesta de bebida alcóolica, e ¼ das pessoas que bebiam em níveis “prejudiciais” mudavam para a categoria de “baixo risco” após Campanha.

Não será de um dia para outro que o organismo sinta o benefício de “sem  álcool”, pois, sabemos que o álcool permanece em torno de 72 horas no organismo.  

O sucesso da Campanha está associado a percepção pelo próprio indivíduo do impacto positivo no seu bem-estar. Os participantes percebem melhora na qualidade do sono, na disposição para atividade física e maior performance, melhora na concentração, no humor, na imunidade, no funcionamento do intestino e na sensação de bem-estar físico e mental. Também tem impacto positivo na estética por levar a perda de gordura, melhora na queda de cabelo, da pele e na redução de celulite.

O governo britânico percebeu que havia uma melhora na qualidade de saúde observados nos atendimentos a comunidade. Resolveu incentivar ainda mais a Campanha que lançou um aplicativo chamada “Try Dry” para os participantes. Através desse aplicativo há um monitoramento do consumo de álcool, definindo metas individuais e oferecendo informações sobre calorias e economia de dinheiro como estímulo a adotar medidas na redução ou suspensão de ingesta alcóolica durante todo o ano.

Recentemente o Instituto Britânico publicou que os participantes da Campanha Janeiro Seco notaram diversos benefícios nas finanças e na saúde física e mental, tais como:

  • 88% economizaram dinheiro que seria gasto em bebidas.
  • 82% relataram ter maior consciência do prejuízo que o álcool tinha em suas vidas.
  • 80% passaram a ter maior controle na quantidade da ingesta alcoólica.
  • 93% se sentiram realizados por conseguirem um mês sem álcool, aumentando a autoestima.
  • 76% conseguiram entender o motivo que faziam o beber e assim podem criar estratégias para proteger desse mal hábito.
  • 71% entenderam que podem se divertir sem álcool.
  • 58% perderam peso.
  • 57% notaram melhora na concentração
  • 54% notaram melhora na pele.

A grande maioria dos participantes relataram que se sentiram mais seguros a tomar decisões se vale a pena beber ou não e ter controle no tipo de bebida e na quantidade.

Recomendo a todos escolherem um mês para adotarem essa campanha de não ingerir bebida alcoólica. Substitua por sucos, chás gelados e drinks sem álcool. Tem muitas receitas de drinks gostosos e lindos na internet. Vamos cuidar da nossa saúde, pois, merecemos uma qualidade de vida melhor.

Janeiro Branco – A vida Pede Equilíbrio

Autora: Elizabete Possidente

A campanha Janeiro Branco de 2023 tem como tema “A vida pede equilíbrio”. O objetivo é alertar para os cuidados com a saúde mental que precisam de equilíbrio nas atividades do cotidiano.

A pessoa equilibrada emocionalmente é capaz de lidar melhor com as adversidades da vida, o estresse, a ansiedade e é mais segura para tomada de decisões. Ou seja, os problemas continuarão ocorrendo porque são inerentes a vida, mas a pessoa desenvolve habilidades para enfrentar as dificuldades.

O que seria ter saúde mental? É a capacidade de se manter equilibrado emocionalmente nas diversas esferas da vida, tais como via profissional ou acadêmica, vida social, vida familiar e estar bem consigo mesmo. Isso tudo mesmo diante das dificuldades e desafios que a vida nos impõe de forma inesperada. Ou seja, saúde mental não é apenas ausência de doença mental.

A maioria das doenças psiquiátricas têm causas multifatoriais, ou seja, são ocasionadas por diversos fatores. Tem fatores genéticos, personalidade, estressores e habituar a vida de forma desequilibrada como influenciadores para doenças mentais.

A forma como a pessoa está levando a sua vida pode amenizar ou até prevenir diversos sintomas mentais, tais como, ansiedade, insônia, depressão e ataque de pânico.

Conheça e adote algumas práticas que contribuem para melhora da qualidade de vida e promove a saúde mental.

  • Reserve um tempo para si mesmo todos os dias.
  • Faça da atividade física um hábito
  • Mantenha uma dieta saudável
  • Mantenha uma boa hidratação
  • Mantenha uma boa qualidade de sono
  • Reduza exposição excessiva as redes sociais
  • Estimule a cognição
  • Evite automedicação ou abuso de ansiolíticos
  • Aprenda com os seus erros
  • Estabeleça metas na vida
  • Afaste de situações que te geram emoções desagradáveis, quando possível
  • Valorize a sua vida social e o tempo em família
  • Evite ingesta de álcool e drogas  
  • Invista numa psicoterapia para autoconhecimento   
  • Se tem queixas de doença mental busque um especialista
  • Se você tem um diagnóstico de doença psiquiátrica, mantenha a regularidade das consultas médicas

Acione essas medidas no seu dia a dia. Afinal, equilíbrio é um investimento bom para todos.  

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