A dislexia é caracterizada pela dificuldade de aprendizado na decodificação dos símbolos escritos e reconhecimento das palavras. Há um prejuízo na associação do som à letra. Também é comum trocar letras (por exemplo, b por p) ou escrever de forma invertida (espelhada), além de confundir direita com esquerda.
Ocorre em 10% da população. É muito confundida com TDAH, preguiça de ler e doenças neuropsiquiátricas. São crianças geralmente diagnosticadas na fase da alfabetização, até a segunda série, quando se consolida a leitura. O diagnóstico é feito excluindo todas as outras dificuldades de aprendizagem, problemas emocionais e doenças neuropsiquiátricas.
Muitos dos casos, por não conseguirem ler, ficam muito desmotivados, e passam a apresentar alteração comportamental. Outros tentam compensar e usam mais ainda a área da criatividade.
Essa criança deve estudar em escolas normais. Devem ser estimuladas pelos pais e professores a lerem em voz alta. É trabalhoso, mas o processo de alfabetização ocorre. É necessário acompanhamento fonoaudiológico, psicopedagógico e muitas das vezes neuropsiquiátrico (ansiedade e irritabilidade são freqüentes).
Muitos pais chegam muito preocupados se há acometimento da inteligência. Isso não é verdade. Para tranqüilizar os pais, ilustro alguns famosos que sofriam de dislexia e nem por isso deixaram de ser marcantes em nossa história, como Albert Eisten, Agatha Christie, Charles Darwin, Thomas Edison e Walt Disney.