Pesquisadores avaliaram 6,3 mil crianças de 5 a 12 anos, em 18 estados brasileiros. Essa avaliação foi realizada através de questionários, aplicados aos pais e professores.
Os resultados foram analisados por médicos da USP, UNICAMP, do Albert Einstein College of Medicine (EUA) e pelo Instituto de Neurociência de Ribeirão Preto. O resultado foi que 3,3% da população infantil nunca trataram o TDAH e outros 2,3% nem sabiam que tinham a doença. Ou seja, 625 mil crianças não são diagnosticadas no Brasil.
Esses índices são preocupantes. Diversas crianças podem ter as suas relações sociais e de estudo prejudicadas pela ausência de tratamento. É sabido que uma criança com TDAH tem sete vezes mais chances de sofrer um acidente doméstico, e nove vezes mais chances de ser hospitalizada por contusões e fraturas, do que crianças sem o distúrbio.
É também conhecido que esses pacientes tem maior chance de abandono escolar, de sexo precoce, gravidez indesejada, de uso de drogas e álcool.