Com o aumento da expectativa de vida, a incidência de demência vem aumentando muito na população do mundo, sendo a doença de Alzheimer (DA) responsável por 60% dos casos. A DA é uma doença neurodegenerativa e progressiva, e se apresenta clinicamente por perda de memória e prejuízo funcional, com comprometimento de suas atividades da vida diária.
Está cada vez mais preocupante o impacto dessa doença no mundo. Nos EUA está sendo a quinta causa de morte nas pacientes acima de 65 anos. No Brasil o número de óbitos por DA nos últimos 10 anos subiu 100% nos idosos.
O custo com os cuidados com pacientes com doença de Alzheimer é muito alto, trazendo muito impacto na economia dos familiares e do governo. Desses pacientes com DA cerca de 20% chegam ao estágio grave manifestando-se por dificuldade na deambulação, controle dos esfíncteres, dificuldade na comunicação e na capacidade de deglutição. Nesse estágio é necessário cuidados de enfermagem e cuidados de uma equipe multidisciplinar (neuropsiquiatra, clínico geral ou geriatra, nutricionista, fonoaudiologia e fisioterapeuta).
A maioria dos protocolos de tratamento medicamentoso enfoca os estágios leves e moderados. Mas dificilmente a família busca avaliação médica na fase inicial, o que retarda muito o diagnóstico e tratamento precoce. O médico deve acompanhar o paciente através de exames complementares, escala de Mini Exame do Estado Mental e avaliação do exame físico/mental do doente. Com esses valores deve buscar o melhor tratamento medicamentoso.
Alguns medicamentos são específicos para o tratamento da DA e tentam retardar a evolução da doença, além de melhorar o comportamento, o funcionamento global e cognitivo. Outros medicamentos são associados, especialmente no estágio avançado para combater as manifestações neuropsiquiátricas (alteração do sono, agitação psicomotora, delírios, alucinações).