Dismorfobia ou Transtorno Dismórfico Corporal

É normal em algum momento do dia a pessoa achar que a sua imagem não está tão legal como o restante do período. Essa observação não chega a incomodar, a ponto de levar a se desconcentrar no que está fazendo, para tentar disfarçar o que está incomodando.
Quando a pessoa demora horas do dia na frente do espelho por se achar feio ou com um grave defeito, e fica tentando disfarçar essa “falha” frequentemente, deve-se procurar um médico psiquiatra para avaliação e tratamento adequado, porque podemos estar diante de um caso  de dismorfobia ou Transtorno dismórfico corporal.
Essa pessoa, apesar de todas as evidências mostrarem o contrário, tem a certeza de ser feia ou ter uma parte do corpo que é muito destoante do restante. Na maioria das vezes é uma coisa mínima supervalorizada. Por exemplo, uma pequena cicatriz, encontrar rugas onde ainda não tem, poros do nariz “muito abertos”, a bochecha é flácida, as orelhas assimétricas etc. Ou seja, a pessoa acredita  numa imagem irreal sobre o seu próprio corpo, mesmo quando as pessoas dizem que ela não tem nenhum problema nesse sentido.
A maioria dessas pessoas buscam tratamentos estéticos e cirurgias plásticas constantes, por acreditar que o seu problema é tão grave e que não tem como disfarçar. Mesmo assim continuam insatisfeitas com a sua imagem.
Parece ser uma doença nova, mas não é. Existem descrições médicas datada de 1886 e publicadas em revistas especializadas. Tem se aumentado bastante a prevalência, de forma que 2% da população dos EUA sofrem desse mal. Poucos buscam tratamento, porque não acreditam sofrer de uma doença, apenas estão buscando o corpo perfeito, tão estimulados na cultura atual.
Muitos casos podem evoluir para comportamentos como não sair de casa, depressão e suicídio. Podem fazer tantas cirurgias plásticas que passam a ser irreconhecíveis, graças a tanta mudança estética.
O paciente deve ser encaminhado para uma avaliação psiquiátrica. O tratamento consiste em medicamentos e psicoterapia.
Agindo assim, evitamos o desperdício e perda de qualidade de vida. A pessoa que sofre desse transtorno sofre e não consegue evoluir bem na sua vida pessoal e profissional, por desperdiçar toda a energia focando na busca da perfeição do corpo, na evolução para outras doenças mentais e na tentativa de reduzir os riscos contra a saúde, por intervenções desnecessárias ao corpo.

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11 comentários

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  1. Larissa, por se tratar de uma patologia é necessário ajuda especializada. Não depende de apenas força de vontade para se curar. É como se comparássemos, a uma pessoa ter crise de asma, e pedir para ela controlar a sua forma de respirar, não irá conseguir.

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  2. Eu acho que tenho todos esses sintomas mas o fato deu saber que é uma doença eu não aceito ter isso pelo fato de ser só uma doença então eu não posso deixar que isso me adoeça, só que isso está me adoecendo muito to ficando louca

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  3. Poxa tenho essa doença e não sabia que eu tinha, pois me acho feio demais, me sinto rejeitado, uma vez só porque eu saia para festa ou bares, comecei a ver que ninguém olhava pra mim, não ficava com ninguém então fiquei em casa e passei um pouco mais de um ano se ir lugar nenhum no fim de semana, só para o trabalho e para casa. e acho que estou com isso de novo.

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  4. Só quem tem essa doença sabe como é triste. A gente se odeia o tempo todo, não saimos de casa, largamos trabalho, estudo, amigos. Tudo isso pq nos vemos deformados. A única saída que vemos é fazer plásticas e mais plásticas pra corrigir todas as deformações. Fiz um blog só pra falar sobre essa doença e tenho uma sessão sobre depoimentos. Cada pessoa com uma história diferente mas com um problema em comum: se achar deformado.

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