Com o tratamento adequado com neurologista e com o suporte psicológico e psiquiátrico a grande maioria dos pacientes tem uma vida sem restrições.
O suporte psicológico é dado para poder fazer algumas mudanças de hábito de vida, e de melhor aceitação e adesão ao tratamento. O tratamento psiquiátrico em muitos casos deve ser feito porque muitos pacientes tem comorbidade psiquiátrica ao longo da vida. É conhecido que cerca de 30% dos epiléticos sofrem de depressão, 25% de ansiedade, 7% de psicoses e 2% de outras situações psiquiátricas. Com a associação dos psicofarmacos adequados ao tratamento neurológico com anticonvulsivantes conseguimos uma melhor qualidade de vida desses pacientes.
Muitos perguntam se podem dirigir, pois é sabido que existem 50% de chance de se ter um acidente, se ocorrer uma crise no volante. É recomendado ter pelo menos um ano sem crise para se conseguir a carteira de reabilitação. Se retornar a ter uma crise apenas deve-se suspender por seis meses (pelo menos) o ato de dirigir.
Quanto a esportes sabe-se que deve m ser desencorajados equitação, esportes de altura e motorizados. Práticas de mergulho só podem ser liberadas depois de pelo menos quatro anos sem apresentar crises.
È importante saber que é proibido segregar portadores de epilepsia no ambiente de trabalho. Deve-se sempre orientar os pacientes a buscarem profissões que não represente risco de vida para ele ou terceiros. Por exemplo, não se deve trabalhar pendurado em andaimes.
Gravidez deve ter planejamento adequado. É recomendado suplementos com ácido fólico e vitamina B12 cerca de três meses antes da gestação. Deve -se escolher anticonvulsivantes que passam menos para o bebê durante a gestação ou amamentação. O obstetra deve trabalhar em uma parceria com a equipe que já a assiste essa paciente no tratamento da epilepsia para se ter um melhor controle das crises durante a gestação, no momento do parto e no pós parto, para se manter em segurança a mãe e o bebê.
Antes de se pensar na gravidez a equipe deve estar atento ao método anticoncepcional. Muitos anticoncepcionais orais tem a sua menor eficácia provocada por interação medicamentosa com os anticonvulsivantes. Deve ser discutida qual é o melhor anticoncepcional para a mulher que sofre de epilepsia. Muitos especialistas optam pelo DIU.
Muitas mulheres podem apresentar irregularidades no ciclo menstrual que devem também ser acompanhados para a escolha da melhor estratégia medicamentosa.
O paciente com epilepsia deve ter total liberdade para tirar todas as suas dúvidas sobre a sua patologia, e todos os médicos que o acompanham devem saber do seu tratamento e ter total conhecimento das interações psicofarmacológicas dos medicamentos anticonvulsivantes, antes de iniciar qualquer orientação ao paciente.
Lutas ,também proibidas?
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tenho 25 anos, sou epilética desde os 12 anos minhas crises são normais e nao constantes, passei por muitos medicamentos na vida, porém, o que mudou minha vida foi o depakote 500mg 1 vez ao dia. Ele completamente me devolveu a liberdade que estava trancada, eu aderi recentemente o DIU como método contraceptivo, espero ter feito a escolha certa. seu texto me deixou mais tranquila sobre este método contraceptivo. Obrigada!!!
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