Sempre diante de um paciente em uso de antidepressivo temos que avaliar a rotina sexual desse indivíduo. É necessário verificar se o uso do antidepressivo não está provocando alteração na vida sexual do paciente.
Para afirmar que o antidepressivo é o responsável pela disfunção sexual é preciso descartar outras causas, tais como:
– Mau funcionamento sexual pela doença psiquiátrica ou psicológica;
– Uso ou abuso de substâncias;
– Uso de outros medicamentos, tais como anti-hipertensivos;
– Alteração da função sexual durante o distúrbio, mas antes do início da droga;
– Doenças orgânicas, tais como diabetes mellitus.
Manejo Terapêutico
O que fazer diante desse paciente? Deve-se considerar que a maioria dos pacientes não toleram esses efeitos colaterais. Existem as seguintes estratégias:
– Trocar antidepressivo por outro de classe diferente;
– Redução da dose antidepressiva;
– Aguardar possível acomodação do efeito;
– Utilizar medicamentos para tratar os efeitos sexuais dos antidepressivos: Ciproheptadina, Ioimbina, Amantadina, Bupropiona, entre outros.
O médico deve estar atento a esse efeito colateral porque dificilmente o paciente faz a queixa de maneira espontânea. Ele pode interromper o tratamento por conta própria causando um prejuízo ainda maior para a sua qualidade de vida.