A importância da Rede para o aleitamento materno

Artigo escrito em parceria com a Dra Eliane Caldas de Oliveira Nascimento, psicóloga e pesquisadora em Saúde Pública, pós doutoranda no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.
Pensar em Rede para que o aleitamento materno aconteça é entender, a princípio, que essa ação não depende só da mulher, mas também da sociedade, de outras pessoas ao seu redor, da equipe de profissionais e do bebê, no mínimo.
Dar de mamar não é simples, não é fácil e, muito menos, não é só prazeroso. Depende de vários fatores, é complexo e, em várias oportunidades, a mãe e o bebê necessitam de ajuda.
Deixo algumas pistas para que o aleitamento materno possa acontecer com a participação de uma rede (network):
1. O Aleitamento Materno depende de vários atores para acontecer.
2. Há necessidade de informações, ainda na gestação, para devida tranquilidade na hora de amamentar.
3. As pessoas que conhecemos e as pessoas que podemos contar influenciam o nosso estilo de vida, os nossos sucessos e insucessos. Amamentar depende de todos.
4. Esse acontecimento é histórico, social e, ao mesmo tempo, individual. Depende dos participantes da rede e dos laços da mesma.
5. Ser acompanhado por um profissional competente no assunto, no momento de amamentar, é essencial  para se seguir adiante, principalmente, quando surgem dificuldades.
6. As mulheres precisam ser ouvidas nos seus desejos para poderem dar de mamar.
Essas pistas são fundamentais de serem compreendidas e vivenciadas por aqueles que querem ver os bebês sendo amamentados.
E aqui ainda vale lembrar que o vínculo mãe-bebê é fortalecido com a amamentação. O leite, o calor, o colo da mãe, o contato com o corpo da mãe, o cheiro, o som dos batimentos cardíacos, a voz, o carinho, as trocas de fraldas e muito mais acontecimentos fazem com que o bebê comece a descobrir o mundo e ter consciência de si. O prazer proporcionado pelo ato de sugar e o amparo da mãe fazem com que o bebê se sinta acolhido e seguro.
Atenção para o fato de que aquelas mães, que não podem amamentar, por várias razões, também transmitem acolhimento e segurança ao seu bebê. Desde que mantenham a tranquilidade e oferecem a mamadeira com o contato próximo a mãe para que possa sentir o cheiro, o carinho e os batimentos cardíacos da mãe. 
Sempre há oportunidade de se  criarem vínculos através do relacionamento contínuo, seguro e afetivo para o bebê se desenvolver.

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