A Resistência á Verdade: Imaturidade e a Troca de Profissionais de Saúde Mental

Autora: Elizabete Possidente
A resistência das pessoas em ouvir o que não querem pode ser um reflexo de imaturidade emocional. Muitas vezes, esse comportamento ocorre mesmo quando os conselhos vêm de profissionais altamente qualificados, como psiquiatras e psicólogos. A rejeição de opiniões e diagnósticos indesejados pode levar à troca frequente de profissionais, na busca de uma validação que confirme as próprias crenças e percepções.

Essa resistência é, em parte, um mecanismo de defesa. Ouvir verdades desconfortáveis pode ser doloroso e desafiador, pois confronta a pessoa com aspectos de si mesma que ela prefere evitar. A maturidade emocional envolve a capacidade de enfrentar essas verdades, refletir sobre elas e usar esse feedback para crescer.

Por outro lado, essa troca constante de profissionais impede o estabelecimento de uma relação terapêutica sólida e de confiança, essencial para o progresso no tratamento. A terapia eficaz requer tempo, paciência e abertura para ouvir e considerar perspectivas diferentes das nossas. Reconhecer essa resistência e trabalhar para superá-la pode ser um passo crucial para o desenvolvimento pessoal e emocional.

Buscar um profissional que ofereça empatia e compreensão, mas que também seja firme na entrega de verdades necessárias, é fundamental para o crescimento. É importante lembrar que o papel do psiquiatra e do psicólogo é ajudar no desenvolvimento e no bem-estar emocional, mesmo que isso signifique ouvir o que não se quer, mas o que é necessário para o progresso.

Publicado por Elizabete Possidente

Com uma trajetória multifacetada e dedicada à saúde mental, sou uma médica psiquiatra, cuja jornada profissional é marcada por conquistas e contribuições significativas. Formei-me em Medicina em 1994 e desde então tenho me destacado em diversas áreas da psiquiatria. Minha jornada acadêmica inclui uma residência no Instituto de Psiquiatria da UFRJ, onde aprimorei minhas habilidades e conhecimentos de 1995 a 1996. Prosseguindo em minha formação, obtive o título de Mestre pelo Departamento de Psiquiatria do mesmo instituto, entre os anos de 1997 e 1999, consolidando-me como uma profissional especializada e comprometida com a excelência em minha área de atuação. Ao longo de minha carreira, desempenhei papéis fundamentais em diferentes instituições e contextos. Como supervisora de psiquiatria pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, contribuí para o desenvolvimento e aprimoramento de políticas públicas voltadas à saúde mental. Minha expertise como médica perita em psiquiatria no Manicômio Heitor Carrilho e posteriormente na Vara de Execuções Penais da Secretaria Estadual de Justiça evidencia meu compromisso com a justiça e o bem-estar dos pacientes. Além disso, atuei como médica psiquiatra e perita em psiquiatria pelo Ministério da Defesa, tanto no Hospital Central do Exército quanto pela Auditoria Militar, onde minha competência e dedicação foram reconhecidas e valorizadas. Minha influência na comunidade médica estende-se também ao âmbito acadêmico, com participação ativa em congressos nacionais e internacionais, onde compartilho meu conhecimento e experiência com outros profissionais da área. Como autora do livro "Para Pais e Mães Preocupados: Cuidando da Saúde Mental dos Pequenos", publicado pela editora Viseu, demonstro meu compromisso em disseminar informações relevantes e acessíveis sobre saúde mental para um público amplo. Com uma sólida base acadêmica, vasta experiência prática e um compromisso contínuo com a atualização e aprimoramento profissional, sou uma referência respeitada na área da psiquiatria, dedicada a promover o bem-estar e a qualidade de vida de meus pacientes e da comunidade em geral.

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