Esse estudo foi realizado pelos pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino. Foi publicado na “Frontiers of Molecular Neuroscience” e no site “EurekAlert”, em setembro de 2015.
Sempre se soube que a criança de TDAH impacta a família sob o aspecto emocional e social, devido ao quadro de desatenção e especialmente pela hiperatividade. O que até então não se sabia é que o TDAH influencia o DNA dos portadores e de seus familiares, aumentando o risco de envelhecimento precoce e o surgimento de novas doenças. Isso levaria a redução da expectativa de vida.
Os pesquisadores identificaram que os telômeros estão reduzidos nas crianças com TDAH e em suas mães. Os telômeros são marcadores biológicos que ficam na ponta dos cromossomos e que se desgastam com o tempo e fatores estressores, levando ao envelhecimento precoce.
Nesse estudo foi analisado material genético de crianças de 6 a 16 anos com TDAH e de seus pais. Observou-se que tanto no grupo de crianças com TDAH quanto no e de suas mães havia redução dos telômeros. Essa redução não foi encontrada no grupo de pais. Acredita-se que a diminuição dos telômeros ocorreu no grupo de mães e não no de pais porque são as genitoras que ficam maior tempo responsável pelos filhos.
Essa pesquisa revelou que a criança com TDAH não envolve a família apenas pelo efeito emocional. Há acometimento biológico e que pode afetar futuras gerações. O encurtamento do telômero pode ser passado para os filhos.
Isso aumenta a importância de se iniciar o mais cedo possível o tratamento da criança com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.

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