Bullying é um comportamento individual ou em grupo que se repete ao longo do tempo feito com intenção de machucar outro ou outros, fisicamente ou psicologicamente.
Trata-se de um problema infelizmente comum no cotidiano de muitas crianças e adolescentes. Em um estudo nacional feito no Reino Unido em 2006 chamado “bullying UK”, 85% das crianças declararam ter testemunhado uma situação de bullying e 69% reportaram sofrerem bullying. Essas taxas assustam todos educadores, pais e profissionais da área de saúde e alertam para a necessidade de mais atenção de todos.
As razões do bullying estão relacionadas ao praticante do bullying que muitas vezes apresenta numerosos problemas sociais e emocionais. Eles tendem a procurar outro que parece vulnerável, tímido, não-agressivo, autoestima baixa e que tipicamente são mais fracos fisicamente do que eles.
O “bully” geralmente encontra um foco para o Bullying como o peso, aparência, cor da pele, cultura, religião ou uma deficiência da criança, como ela anda, fala ou simplesmente por ter um nome pouco usual. O bullying ocorre na maior parte na escola durante os intervalos e recreios, mas também pode ocorrer no curso de inglês, treino de futebol, dentro do condomínio, etc.
O bullying pode ser dos seguintes tipos:
• Bullying físico: empurrar, chutar, bater, morde, beliscar, roubar pertences… (mais comum em meninos)
• Bullying verbal: zombar, xingar, ameaçar, criar rumores…
• Bullying social: ocorre indiretamente quando espalham rumores, fofocas, ignoram, causam rejeição e exclusão social (mais comum em meninas)
• Cyberbullying: acontece dentro e fora da escola envolvendo internet e celulares com objetivo de ameaçar, zombar e causar mal às vítimas. Pode incluir mensagens ofensivas, circular imagens ofensivas ou intimas. É estimado que 25% dos jovens sofrem cyberbullying em algum momento.
Como identificar o Bullying? Os sintomas podem ser bem claros quando prestamos atenção às nossas crianças, como por exemplo, recusa a frequentar a escola, falta de concentração, notas baixas, dores de cabeça, dores de barriga, xixi na cama (noctúria), dificuldades de dormir, ansiedade e até auto-mutilação. Deve-se perguntar
Como lidar com o bullying?
• As considerações da criança devem ser levadas a sério, nuca menosprezar.
• Não culpar a criança.
• Não ignorar o problema.
• Reassegurar à criança de que a situação tem solução e que ela pode pedir ajuda, ela não está sozinha
• Perguntar sobre o bullying, há quanto tempo isso acontece, se a escola ou professor sabe, quando ocorre, como costuma acontecer, quem está envolvido, se já pediu ajuda para alguém…
• Orientar como reagir quando isso acontecer sem que ataque de volta
• Ensinar a ignorar e sair de perto quando começar
• Fazer afirmações com confiança e não-agressivas
• Orientar a buscar ajuda de um adulto
• Certificar-se de supervisão dos pais no uso da internet
• Encorajar à criança a não responder a mensagens maldosas, não postar fotos e vídeos que eles não gostariam que outros vissem e evitar sites adultos
• Procurar ajuda profissional de psicólogos, fonoaudiólogos e professores
Como lidar se seu filho faz bullying?
• Explicar que não é diversão e não pode ser tolerado
• É crime e, portanto, tem consequências sérias para ele e sua família
• Causa danos muito maiores do que ele pode imaginar para suas vítimas
• Auxiliar seu filho para identificar e resolver seus próprios problemas sociais e emocionais
• Procurar ajuda profissional quando necessário
Bullying é crime deve ser reconhecido e evitado a todo custo. Todas as escolas devem adotar políticas anti-bullying desde pequenos, encorajando-os respeitar o próximo, identificar logo de início, reportar aos adultos, ajudar quem precisa. As escolas devem oferecer aconselhamento aos alunos e pais.