Autores: Elizabete Possidente e Giuliana Possidente

A prevalência mundial de TDAH em pré-escolares fica em torno de 10.5%, é maior que a média de TDAH em crianças e adolescentes que está em torno de 5,9 a 7,1%.
Nos EUA, estima-se TDAH em crianças pré-escolares varie de 2%-7,9%, com prevalência média de 4,2%.
Recentemente o National Survey of Children’s Health relatou que a prevalência de TDAH nos EUA em pré-escolares vem aumentando nos últimos anos. Publicou que era de 1% em 2007-2008, 1,5% em 2011-2012 e 2,1% em 2016. Quando a análise é feita em cima de relatos dos pais a prevalência de TDAH por lá em crianças de 4 a 17 anos aumentou 42% de 2003-2011, e o uso de medicamento nessa faixa etária aumentou 28% de 2007 a 2011.
Cerca de 70 % dos pré-escolares com TDAH apresentam uma comorbidade associada, como Transtorno desafiador de oposição (TOD), Transtorno do espectro autista (TEA), Transtornos da comunicação e Transtornos de ansiedade.
O início precoce de sintomas de TDAH aumentou a chance de desenvolver comorbidade, comportamento disruptivo, sintomas de desatenção com prejuízo na vida escolar e nas atividades do cotidiano, dificuldades cognitivas e de habilidades de leitura.
Acidentes com crianças pré-escolares com TDAH são maiores. A taxa de ferimento é de 19,3% quando comparados a crianças sem o TDAH. Quando as crianças são tratadas com medicamentos a taxa de ferimento cai para 43%
A Academia Americana de Pediatria e a Academia Americana de Psiquiatria recomendam terapia comportamental como 1ª opção de tratamento para o TDAH em pré-escolar e treinamento a pais e professores.
Se os prejuízos continuarem muito intensos ou se agravarem apesar da terapia comportamental e treinamento parental está indicado o uso de medicamentos.
O especialista fará a escolha do fármaco levando em consideração o quadro clínico, possíveis efeitos adversos e fatores farmacocinéticos. Muitos pacientes dessa faixa etária não engolem comprimido, cortá-los ou amassá-los interfere na sua biodisponibilidade e na resposta terapêutica.

Publicado por Elizabete Possidente

Formou -se em Medicina em 1994. Foi médica residente do Instituto de Psiquiatria da UFRJ de 1995 a 1996. Defendeu Mestrado em 1997 a 1999 pelo Departamento de Psiquiatria do Instituto de Psiquiatria da UFRJ. Durante muitos anos foi supervisora de Psiquiatria pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro. Foi médica perita em Psiquiatria no Manicômio Heitor Carrilho pela Vara de Execuções Penais da Secretaria Estadual de Justiça. Foi médica Psiquiatra e perita em Psiquiatria pelo Ministério da Defesa no Hospital Central do Exército e pela Auditoria Militar. Foi médica Psiquiatra e chefe do serviço de Saúde Mental da Policlínica Newton Alves Cardoso. Tem diversos artigos publicados em revistas médicas. Diversos trabalhos publicados em congressos nacionais e internacionais. Está sempre se atualizando e participando de eventos médicos nacionais e internacionais em Psiquiatria.

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