Autora: Elizabete Possidente
Um estudo da Universidade de Cambridge mostrou que pessoas com atitudes extremistas tendem a ter problemas com atividades mentais complexas, que exigem um raciocínio organizado e profundo. A pesquisa foi publicada no periódico científico Philosophical Transactions of the Royal Society B.
Os extremistas são mais impulsivos e mais lentos no processamento de informações perceptivas. Independente se o extremismo seja de direita ou de esquerda há dificuldades em realizar tarefas cognitivas mais complexas apesar da tolerância grande ao risco.
Nesse estudo participaram 522 extremistas. Eles passaram por 37 tarefas cognitivas e 22 testes de personalidade na primeira fase. Depois partiram para a etapa seguinte que era de responder um questionário sobre crenças políticas.
Os pesquisadores identificaram que o extremismo nos 2 lados do espectro apresentavam falta de flexibilidade cognitiva, ou seja, dificuldade da capacidade de pensar sobre conceitos simultaneamente ou alternar entre formas de pensar.
É sabido que pessoas com pouca flexibilidade cognitiva tendem a dificuldade na adaptação de tarefas que mudem no decorrer do trajeto.
Como a Analice Gigliote em seu artigo publicado na revista Veja refere que o cérebro dessa pessoa funciona como se fosse “blindado” a qualquer convicção ou reflexão diferente. Ou seja, nada é capaz de provocar uma reflexão para possível mudança de opinião.
Agora imagina isso reverberado pelas redes sociais e fake news?