Autora: Elizabete Possidente

Ellen Forney foi diagnosticada com Transtorno Bipolar tipo I por volta dos seus 30 anos. Nessa consulta com a sua psiquiatra, ela encontrava-se maníaca. Teve muito medo de que as medicações, reduzissem a sua criatividade. Ela é uma quadrinista e a criatividade é o fundamento da sua profissão.

Devido ao medo das medicações e por negar a doença, alegando que era o seu modo “artista louco”, ela travou uma luta que durou alguns anos até atingir a estabilidade clínica.  

 Ela encontrou inspiração na sua própria história e na obra de outros artistas e escritores que também eram bipolares para relatar a sua vida na história em quadrinho Parafusos – Mania, Depressão, Michelangelo e Eu.

A procura em compreender sua doença, a tornou uma pesquisadora do tema dentro do campo das artes. Identificou personalidades, cartas e diários de diversos artistas que tinham Transtorno bipolar, como Van Gogh, Sylvia Plath, Edgar Alan Poe, entre outros. Cada um deles lidando da melhor maneira possível com a patologia   e transformando-a em produção artística.

Ela conta sua trajetória e a reconstrução de sua vida ao aceitar o tratamento da bipolaridade.

Ao receber o diagnóstico teve a percepção de um fardo e, que perderia a sua criatividade. Não saberia como se sustentar se perdesse a sua capacidade criadora.

A autora narra em quadrinhos as consultas, altos e baixos de humor, conflitos emocionais, história familiar, medos, efeitos dos medicamentos e as “loucuras”. Ao descrever o seu quadro clínico e tratamento, ela contribui muito com informações sobre a questão.

Ela mantém o tratamento psiquiátrico medicamentoso e psicoterápico para estabilidade clínica. Continua trabalhando como quadrinista e ministra palestras com depoimentos sobre a sua vida com Transtorno Bipolar, sem perder a criatividade.  

Publicado por Elizabete Possidente

Formou -se em Medicina em 1994. Foi médica residente do Instituto de Psiquiatria da UFRJ de 1995 a 1996. Defendeu Mestrado em 1997 a 1999 pelo Departamento de Psiquiatria do Instituto de Psiquiatria da UFRJ. Durante muitos anos foi supervisora de Psiquiatria pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro. Foi médica perita em Psiquiatria no Manicômio Heitor Carrilho pela Vara de Execuções Penais da Secretaria Estadual de Justiça. Foi médica Psiquiatra e perita em Psiquiatria pelo Ministério da Defesa no Hospital Central do Exército e pela Auditoria Militar. Foi médica Psiquiatra e chefe do serviço de Saúde Mental da Policlínica Newton Alves Cardoso. Tem diversos artigos publicados em revistas médicas. Diversos trabalhos publicados em congressos nacionais e internacionais. Está sempre se atualizando e participando de eventos médicos nacionais e internacionais em Psiquiatria.

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