Compulsão por Compras (Oniomania)

Esta patologia (sim, é uma doença!) acomete de 5% a 6 % da população, sendo mais comum entre as mulheres entre 30 a 40 anos. Atualmente tem aumentado a incidência entre os jovens de 18 anos, provavelmente pela facilidade em ter cartões de créditos.
As mulheres consomem mais maquiagens, perfumes e vestimentas. Já os homens são aparelhos eletrônicos e jogos de vídeo game. Essas pessoas tendem a aliviar a ansiedade e a depressão através do ato de comprar.  A pessoa se sente incapaz de controlar o desejo da compra, ou quando é impedido de consumir, sente um grande desconforto. Essa compulsão é semelhante ao que sente o dependente químico, diante do seu vício.
Como todo compulsivo, o compulsivo por compras sente arrependimento e vergonha do que faz. Tem uma tendência a mentir sobre quanto gastou, esconder as compras dentro do armário de casa ou demorar a levá-las para casa (esquece no carro ou no trabalho). Ás vezes fica tão desesperado em comprar que procura algum local na hora do almoço, e mesmo encontrando apenas uma farmácia, por exemplo, sai comprando alguma coisa. Ficam entretidos, mesmo atrapalhando seu trabalho, em sites de compra, com a desculpa que estão aproveitando uma super oferta.
O diagnóstico é muito difícil de ser feito, porque raramente o indivíduo procura auxílio médico. Ele acha que é normal seu comportamento, numa sociedade “consumista”. Geralmente só procura ajuda quando está falido, muito endividado ou foi acionado pelo departamento pessoal da sua empresa, e até por agências de cobrança.
O tratamento consiste na associação de antidepressivo e psicoterapia. É fundamental também fazer o diagnóstico diferencial entre a mania do Transtorno Afetivo Bipolar e a compra do “colecionismo” do Transtorno Obsessivo Compulsivo. O ideal é o tratamento iniciar o mais cedo possível, para se evitar a chegada ao “fundo do poço”.

Insônia

O dia 21 de março é o Dia Mundial do Sono e serve de alerta para chamar a atenção da importância de uma boa noite de sono. Dormir mal causa sonolência diurna (aumenta risco de acidentes no trânsito), dores musculares, dor de cabeça, mau humor, cansaço, dificuldade na memória e concentração, além de afetar a circulação sanguínea.
Sabemos que 60% das causas de insônia são relacionados a maus hábitos e 40% a doenças mentais, como depressão e ansiedade. Se a causa for doença mental procure um médico o mais breve possível. Esse profissional te ajudará e identificará possíveis causas físicas que podem agravar esse problema.
Devemos sempre seguir algumas dicas para melhora os maus hábitos tão comuns:
– Tente dormir e acordar sempre no mesmo horário.
– Evite temperaturas desagradáveis (calor e frio intenso).
– Não use Internet, computador ou vídeogame antes de dormir.
– Tire do quarto o que possa desviar a sua atenção para o ato de dormir, como por exemplo uma TV ligada.
– Deite de lado, pois facilita a respiração e é mais confortável.
– Não leve os problemas ou a agenda do dia seguinte junto com você para a cama.
-Vá para a cama assim que vier o sono. Evite coisas do tipo “falta só um pouco para acabar esse livro ou esse programa”.
– A atividade física ajuda a regularizar o sono, desde que seja de dia, até o início da noite.
– Evite à noite alimentos pesados, bebida alcoólica e energéticos, bem como bebidas e alimentos com cafeína (chá, refrigerante e chocolate).
– Tome banho morno antes de deitar, ajuda no relaxamento muscular.
– Evite dormir durante o dia.
– Evite atividades que afastam o sono, como ler um livro excitante, falar ao telefones com amigos ou familiares antes de dormir.
Vamos tentar entender e administrar a insônia, para evitar a perda da qualidade de vida.

Bullying – Vale a pena ler esse conteúdo

O tema está ficando bem sério.
http://oglobo.globo.com/megazine/mat/2011/03/15/casey-heynes-estudante-australiano-se-vinga-de-bullying-com-golpe-de-street-fighter-vira-hit-na-internet-924015776.asp

Bullying

Bullying é uma atitude de violência que ocorre sem motivação aparente contra uma pessoa com o objetivo de intimidá-la causando dor ou angústia.
Esse comportamento agressivo ocorre repetidamente e sempre num relacionamento onde há desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
Pode ser direto ou indireto. O direto é mais comum entre meninos e é quando há força bruta. O indireto é através de “zoação” (comentários ou apelidos pejorativos) , recusa em se socializar com a vítima ou ridicularizá-la e intimidar os colegas que querem interagir com a vítima.
Existe também o cyberbullying que é um tipo de bullying praticado através da Internet. Há humilhação da vítima através de comentários no facebook, twiter, Orkut , blogs falsos etc. O cyberbullying  cada vez mais vem preocupando os pais e professores porque  tem uma repercussão muito rápida e está cada vez mais frequente.
O bullyng ou cyberbullyng pode ocorrer em qualquer contexto social como escola, faculdade, trabalho, condomínios e família. Pode haver em qualquer faixa etária . Mas se sabe que em todo o mundo o bullying é mais freqüente da quinta à oitava série e o cyberbullying na adolescência dos 14 aos 18 anos.
Está tão freqüente que os colégios de todo o mundo tem colocado na sua grade curricular a discussão desse tema para encorajar as vítimas a procurarem ajuda. Conforme relato do IBGE, 1/3 dos estudantes brasileiros sofrem de bullying.
Com a intenção de reduzir o bullying  no Rio de Janeiro, além da divulgação do tema junto aos alunos, pais e funcionários , foi sancionada uma lei estadual  em 23 de setembro de 2010, colocando como compulsório as escolas notificarem a polícia os casos de bullying.   

Depressão

A depressão é uma doença debilitante que tem sido definida como a sensação persistente e permanente de um indivíduo da perda de valor, mundo sem sentido e de um futuro sem esperanças.
É uma das doenças clínicas mais comuns, sendo mais freqüente do que a hipertensão arterial e o diabetes. Entre 5 a 10% dos pacientes que procuram algum atendimento médico estão acometidos de depressão.
Estudos mais recentes sugerem que 50% dos americanos e europeus têm depressão ao menos uma vez durante suas vidas. Nas mulheres existem duas vezes mais chances do que entre homens. Cerca de 74% desses pacientes procuram ajuda na Clínica Médica (e não no especialista).
A depressão é caracterizada por diversos sintomas afetivos, somáticos, psicomotores e psicológicos.  As queixas mais comuns são tristeza, apatia, perda de interesse, falta de prazer, desesperança, irritabilidade (especialmente em crianças e adolescentes), aumento/redução do apetite, ganho/perda peso, insônia, sonolência excessiva, sono não reparador, cansaço, inquietude ou lentificação psicomotora, redução da libido, baixa autoestima, dificuldade na atenção e memória, indecisão em atitudes simples do cotidiano, insegurança, preocupação excessiva, idéias de culpa, sentimentos de fracasso e preocupação excessiva com morte.
É claro que não é preciso ter todos esses sintomas para caracterizar um quadro de depressão, e a intensidade deles também é bem variável. Por isso, a maioria dos pacientes busca o tratamento com o clínico, o cardiologista ou o ginecologista. Os pacientes podem se queixar de desânimo, cansaço, redução da libido, dificuldade na memória e tristeza como principais sintomas e não vão pensar que se trata de uma doença mental chamada DEPRESSÃO.
É necessário através de uma entrevista detalhada e exames  fazer o diagnóstico diferencial com uma série de outras patologias clínicas, metabólicas e neurológicas (por ex., hipotireoidismo, deficiências de vitamina, AVE), e como efeitos adversos de diferentes medicamentos (por exemplo, analgésicos, antineoplásicos, antihipertensivos) .
O tratamento consiste em uso de antidepressivo e psicoterapia. O antidepressivo não causa dependência como é divulgado por leigos. Esse tipo de medicamento é aquele da “tarja vermelha e não preta “. Ele é de prescrição com controle médico mas não causa dependência. Esse tipo de receituário é igual ao dos antibióticos atualmente. Ou seja, são vendidos com receita branca em duas vias, mas não é receita azul (medicamentos que podem causar dependência). Eu enfatizo isso porque é muito comum receber pacientes que sofrem há anos de depressão mas não procuravam o psiquiatra por medo de tomar um remédio e ficar dependente. Esse medo ocorre por falta de conhecimento, não só dos pacientes mas também dos próprios colegas da Saúde, que não sabem informar e desmitificar esse encaminhamento.

Sono das Crianças

Autora: Elizabete Possidente

Hoje em dia as crianças estão sempre muito ocupadas: colégio, inglês, judô, tênis, fono etc. Os pais mais ocupados ainda. Chegam tarde em casa e ficam sempre no dilema: brigo com os meus filhos para eles dormirem? Se sentem culpados por ficarem pouco em casa e ainda ter que disciplinar no pouco tempo de convívio.
Bem, o American Academy of Pediatrics criou o guia de necessidade de sono das crianças, para responder essas perguntas dos pais.

O guia refere que crianças devem:
– de até 6 meses, dormir de 16 a 20 horas por dia
– de 6 a 12 meses, dormir de 14 a 15 horas por dia
– entre 1 e 3 anos, necessitam de 10 a 13 horas sono por dia
– entre 3 e 10 anos, necessitam de 10 a 12 horas sono por dia
– entre 11 e 12 anos, necessitam de 10 horas sono por dia
– adolescentes necessitam de aproximadamente 9 horas de sono.

Se as crianças têm privação do sono, elas não reagem com sonolência durante o dia, como os adultos. Elas vão ficando mais irritadas, inquietas, agressivas, ansiosas, desatentas e com dificuldade na memorização. Ainda tem aumento nas chances de se tornarem adultos com insônia. Pais, pensem que é de grande importância criar uma rotina de sono para as crianças.

Uso de álcool pelos jovens

Pessoal o uso precoce de álcool pelos jovens está cada vez mais cedo. Vale a pena dar uma olhada nessa pesquisa.
http://www.samhsa.gov/newsroom/advisories/1102163049.aspx

Caso Lavínia

Eu sei que é Carnaval mas não podia deixar de desabafar sobre o caso da menina Lavínia, assassinada pela amante do pai em Duque de Caxias, por motivo fútil.
Em diversos programas de televisão sempre a mesma pergunta: Até onde pode ir a maldade de uma pessoa? Como responder a essa pergunta?
Existem pessoas que mentem compulsivamente. Elas mentem tanto que passam a acreditar nessas mentiras. Elas justificam os seus atos cruéis através dessas “mentiras verdades”.
Até onde elas podem chegar? Até onde essas pessoas consideram verdade para elas. Estamos na verdade falando de uma psicopatia, da qual não há comprovação científica de tratamento.
E o que a justiça encara como melhora dessas pessoas? 

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